Eu! Matei a Vilã Secundária! Secundária!

Capítulo 101



Capítulo 101

Capítulo 101

Inês partiu às três da tarde e, apesar de Amado tê–la abraçado e implorado para que ficasse, ela endureceu o coração e partiu.

Um medo sutil habitava seu intimo, o medo de que ela pudesse perder para Noe Serpa e, com isso… possivelmente perder Amado.

Ela tinha que acostumar Amado a viver sozinho, mesmo que isso parecesse cruel para ela, era uma forma de ensiná–lo a crescer.

Inês secou as lágrimas e pegou um táxi para casa, não… se ainda houvesse uma chance, ela queria seu filho de volta!

******

Eunice visitou novamente a empresa de Noe Serpa naquele dia, levando um café da manhã cheio de carinho pela manhã, mas ele mal lhe deu atenção e deixou de lado o que ela trouxera. Eunice sentiu– se magoada e à noite insistiu para que Noe a levasse para casa. Ele, sem conseguir resistir, pediu que ela se acalmasse e a levou.

Quando Amado viu Noe Serpa trazer outra mulher para casa, já estava tão acostumado que mal reagia. Content (C) Nôv/elDra/ma.Org.

Ele segurava uma xícara de leite quente, as bochechas ainda pálidas pela febre que havia passado, e disse: “Bem–vindo de volta, Sr. Serpa.”

Sua voz era jovem, mas calma.

Noe Serpa se sentiu irritado com aquele tom de voz, como o garoto podia ser tão desafiador todos os días?

Sem dizer uma palavra, Noe entregou a Eunice um par de chinelos que Clara havia usado em sua última visita. Eunice olhou surpresa para Amado, que parecia indiferente..

“Você… você é o filho de Noe? Vocês são muito parecidos“.

A falsidade vibrava em sua voz.

Amado franziu ligeiramente a testa e depois disse: “Sim, sou filho do Sr. Serpa“.

Havia uma maturidade naquele garoto que poderia ser assustadora para um adulto.

Eunice observou o rapaz à sua frente, com pensamentos voando em sua mente, mas logo sorriu e estendeu a mão para Amado: “Olá, sou Eunice, irmã de Acelina“.

Acelina? Um nome familiar. Amado retribuiu o sorriso e apertou sua mão: “Olá, irmã Eunice.”

Noe Serpa observava surpreso o comportamento cortês de Amado. Desde quando ele era tão educado? Não era sempre frio e distante? O que havia mudado hoje?

Apenas Amado sabia que aquela Eunice não era simples e que enfrentá–la não traria benefícios, apenas aumentaria o desdém do Sr. Serpá.

Se os adultos gostavam de atuar, então ele entrava no jogo deles.

Com um sorriso doce, Amado perguntou: “A irmã veio passar a noite com o Sr. Serpa?”

Essa pergunta soou como se Eunice fosse apenas mais uma na lista de conquistas de Noe Serpa. Ela corou: “Não… meu relacionamento com seu pai não é assim…” – A verdade é que Noe Serpa nem sequer a havia tocado…

“Ah, então a irmã é uma empregada que o Sr. Serpa trouxe?” – Amado continuou com um sorriso inocente:

14:58

“Bem–vinda, irmã Eunice. Não se sinta inferior, sinta–se em casa“.

Eunice ficou sem palavras, confrontada por uma criança.

Droga, o que havia de errado com esse garoto? Será que suas palavras pareciam carregadas de segundas intenções, zombando dela? E por que, sendo filho de Noe Serpa, ele não o chamava de pai, mas mantinha uma distância formal, chamando–o de “Sr. Serpa“?

Eunice olhou para o garoto, sua mente afundando em pensamentos.

Amado continuou a sorrir para a mulher à sua frente, depois se levantou do sofá e fez uma reverência formal a Noe Serpa, como se ele fosse um estranho, não seu parente: “Então, vou subir para descansar. Boa noite, Sr. Serpa e Irmã Eunice“.


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